segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Passe Livre Universitário

Desde 2012, o Rio de Janeiro manifesta sua indignação contra o aumento das tarifas. Mas essa luta é bem mais antiga. A luta pelo passe livre é, pelo menos, desde o início dos anos 1990. Ao contrário da direção majoritária da UNE, há mais de duas décadas formada pelo PCdoB e PT, que no máximo reivindicavam a meia entrada, os movimentos sociais de esquerda nunca abandonaram a luta pelo Passe Livre, culminando inclusive na formação do Movimento Passe Livre (MPL), no Fórum Mundial Social. 

Há alguns dias, antes de declarar o aumento das passagens para R$3,00, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, decretou a ampliação do direito da meia-entrada para o Passe Livre Estudantil. Sabemos que o prefeito não fez isso por vontade própria, pelo contrário, foi a força das ruas, das mobilizações que forçaram o recuo e cessão do direito. No entanto, vimos que ainda há restrições no modelo aprovado, uma vez que se trata de uma política focalizada, estando em consonância com a política neoliberal de promover o mínimo de direito possível, delineado pelos países centrais do capitalismo e pelos bancos mundiais, nos quais visam a exploração dos trabalhadores para aumentar suas taxas de lucro.

Diante disso, informamos que o Passe Livre já poder ser agendado pelo site RioCard/PasseLivre e que ainda assim há muito o que conquistar: o Centro Acadêmico Karl Marx reivindica a Tarifa Zero Já! Passe Livre Universal! #CatracasLivresJá!

Para tal, convidamos a todos a somarem forças na manifestação convocada pelo Fórum de Lutas do Rio de Janeiro na próxima quinta (13/02), às 17h, na Candelária, Contra o Aumento e as Remoções para a Copa.



Um comentário :

  1. Nunca houve, por parte da UNE, deliberação nacional pela meia-passagem, ao contrário a UNE sempre se colocou a favor do PASSE-LIVRE. A verdade que o Rio de Janeiro, agora, é a segunda cidade do Brasil de quase 6000, que tem o PASSE-LIVRE, não é uma realidade nacional. A UNE defendeu que o PASSE-LIVRE fosse aprovado no texto do Estatuto da Juventude o que transformaria o benefício em benefício nacional. Cada estado ou cidade tem a sua tática de luta, dependendo da conjuntura local, em algumas cidades a luta é pela Meia Passagem, porque é o que se apresenta, como acúmulo para a luta chegar até o PASSE LIVRE. O PSOL partido de boa parte da coordenação do CASS governa a cidade de Macapá/Amapá e lá não aprovou o PASSE-LIVRE e nem a MEIA PASSAGEM o que demonstra que nem tudo é apenas fruto da nossa vontade. Além disso a UNE tem 27 forças do M.E. na sua direção, inclusive a CST/Vamos a Luta, e na maioria das vezes que teve oportunidade de falar para todo um Congresso, nunca vi defenderem o PASSE-LIVRE, sempre subiram pra denunciar ou apresentar notas de repúdio A UNE. O oposicionismo inconsequente é tão grande, que nem trataram essa conquista como vitória. Parece um sorriso amarelo de quem ganhou um presente que não gostou. Isso é uma grande vitória e muda a vida de muita gente, de uma classe social que de fato necessita, vitória mesmo deve ser a revolução na Siria ou fazer coro a direita deste país par derrubar antigos desafeto. Irresponsáveis ou ingênuos?

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