Contra a
precarização do Ensino Superior:
Dilma, a culpa é sua!
Rio de
Janeiro, 17/02/2014
A garantia de permanência estudantil, de professores
e de estrutura, é fundamental para que o direito ao ensino superior seja
viabilizado de forma ampla e democrática. No entanto, a grande greve das
universidades federais mostrou à sociedade como essas garantias mínimas não
estão sendo respeitadas. O descontentamento da população com a educação ficou
claro nas manifestações de Junho de 2013 e agora, com os protestos contra a
COPA, se evidenciam. Enquanto escolas, universidades e hospitais sofrem com a
falta de verba e estrutura, os gastos nas obras dos estádios só aumentam e
causam a revolta cada vez maior do povo.
Enquanto o MEC diz que não tem verba e a Dilma não se
pronuncia, vemos 50% do PIB destinado aos banqueiros e sofremos com a
precarização cotidiana de setores primordiais, como a saúde e a educação.
Nesse momento, estudantes de vários cursos ocupam a
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), reivindicando contratação de
professores e permanência estudantil. A exemplo do que vem acontecendo em todas
as intervenções desta natureza, existe uma ameaça de reintegração de posse com
uso de força policial e multa financeira por dia da ocupação.
SOMOS CONTRA ESSE TIPO DE CRIMINALIZAÇÃO DA
MANIFESTAÇÃO POR PARTE DA REITORIA E DO GOVERNO, APOIAMOS A INICIATIVA DOS
ESTUDANTES EM LUTAR POR SEUS DIREITOS E CONSIDERAMOS LEGÍTIMA ESSA OCUPAÇÃO e
qualquer outra desse cunho que venha a surgir, reconhecendo que ocupar é um
instrumento importante de luta e
resistência à retirada de direitos quando todos os canais de diálogo se
fecham.
De nada adianta inchar as instituições federais de
ensino com discentes (via ENEM/Sisu), se a política de assistência estudantil
não funciona. De nada adiante abrir novos cursos se não há estrutura física ou
docentes suficientes para isso. O MEC diz que não há verba, Dilma se cala e
nós, discentes, somos precarizados junto com as instituições.
Nós, do curso de Serviço Social da Unirio, vivemos em
uma realidade na qual não temos salas de aula, não temos um quadro docente
preenchido e não há uma assistência estudantil de qualidade que atinja a todos.
Não temos bandejão, nem um prédio onde nosso curso funcione junto a outros que
surgiram no bojo do Reuni. E ainda temos que lutar contra a EBSERH, a fim de
não deixarmos que nossa saúde, nossa formação, nosso campo de estágio ou nossos
sonhos sejam privatizados. Estamos como os aeroportos brasileiros criticados
pela Vossa Magnificência Reitor Jutuca, "sem glamour"!
Vivenciando nossos dramas já insustentáveis e
impossíveis de serem adiados, entendemos que a luta e mobilização a favor
da Educação e contra a política que o
MEC e o governo Dilma vem empregando nas IFES, são de conjuntura nacional. Todo
apoio à luta dos companheiros da UFTM!
Centro Acadêmico
de Serviço Social Karl Marx – UNIRIO
Gestão “Amanhã vai ser maior” 2013-2014
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